segunda-feira, 30 de abril de 2007

[EVENTO] The Eternal em Portugal

Como passaram 3 dias sem notícias nossas, aqui fica uma tentativa de "recuperar o tempo perdido": a primeira sequência de vários posts num só dia. :)


Os australianos The Eternal vão começar na próxima 6ª feira um períplo por terras Lusitanas de 3 datas, integrado na actual tour Europeia, que os vai levar à Moita (dia 4), Torres Novas (dia 5) e Porto (dia 6). As actuações nacionais são cortesia da Nemesis, e contam também com os Desire, os Painted Black, os Slime Fingers e os Necris Dust.

Vemo-nos numa das datas!

[NOTÍCIA] Novo trabalho de Ritual Front

Foi lançado durante este mês pela polaca Bunkier Productions o novo EP dos russos Ritual Front. São 6 faixas enraízadas no Neo Folk com incursões ocasionais no Cold Wave.

A edição é em CDr, com impressão profissional, embrulhadas em gatefold tripartido com um postal de brinde. É também numerada à mão e limitada a 214 cópias. Podem ouvir alguns samples aqui e aqui - o primeiro é da faixa "Smierc" e o segundo da cover "Water-Fire" dos seminais pioneiros russos Chimera.

A Bunkier Productions conta também no seu catálogo com os nacionais The Joy Of Nature And Discipline, para além de outras propostas como Horologium, Division S, The Well Of Sadness, In Ruin, Astral Surf Gypsies ou Ghosts Of Breslau (de quem já falamos no passado recente). Uma editora a manter debaixo de olho e a quem decerto voltaremos no futuro.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

[NOTÍCIA] Trance To The Sun - Best-Of

No próximo dia 8 de Maio, a conceituada editora e distribuidora americana Projekt irá lançar uma compilação best-of denominada "Spiders, Aether & Rain", reunindo os melhores momentos dos seus compatriotas Trance To The Sun.

Desconhecidos de muitos no Velho Continente, os Trance To The Sun iniciaram actividades em 1990 e durante 11 anos estiveram na vanguarda do movimento Gótico / Pop / Darkwave americano. Entre 1994 e 2001 mantiveram um profícuo ratio de quase um lançamento por ano, tendo editado 8 trabalhos de elevada qualidade e afirmando-se como um dos nomes de referência no panorama nacional e internacional da altura.

Infelizmente foi preciso esperar 6 anos para podermos novamente ter um lançamento de Trance To The Sun em mãos, coincidindo com a primeira actuação da banda ao vivo em mais de meia década, no festival Convergence 13, em Portland, EUA. Poderá ser um aperitivo para mais um regresso às edições de originais? O tempo o dirá...

"Spiders, Aether & Rain" contém no seu alinhamento 13 faixas, cobrindo toda a carreira da banda, e será lançado numa edição limitada em digipack, com o design a cargo de Ingrid Blue (vocalista do projecto) e um livrete de 12 páginas com várias fotos inéditas e anotações extensivas. O alinhamento é o seguinte:
  1. Olive the Slut
  2. Homewrecker
  3. Spider Like
  4. Spider Planet
  5. August Rain V.3
  6. Execution of the Stars
  7. Winter Furnace Winds (faixa inédita)
  8. A Sun Lingering Disease
  9. When Mama Was Moth (cover de Cocteau Twins)
  10. Slave
  11. Thistle Lurid
  12. The Nun V.V.
  13. August Rain V.1
Como é possível ver, contém uma faixa inédita (das sessões de gravação de "Equinox", de 1997) e uma raríssima versão de "When Mama Was Moth" dos Cocteau Twins, transformando este lançamento numa aquisição essencial para todos os amantes de Darkwave em geral.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

[EVENTO] Die Form em Leiria

É já no próximo dia 28 (Sábado) que os Die Form se apresentam em Leiria, em mais uma edição do Fade In Festival, que ao longo dos últimos anos nos tem brindado com eventos eclécticos da maior qualidade.

Formados por Philippe Fichot e Éliane P., os Die Form encontram-se em actividade há quase 30 anos, contando com um catálogo vastíssimo de material de alta qualidade. A sua sonoridade baseia-se no electrónico, com substanciais ramificações pelo industrial e gótico - mas o que de facto distingue os Die Form é a sua estética particular e grande sensualidade. Talvez por isso a organização recomenda que a performance do próximo Sábado seja reservado a maiores de 18 anos...

O espectáculo terá lugar no Teatro Miguel Franco a partir das 22h, com preços entre os 18,00€ para o público em geral e 13,50€ para os sócios Fade In. Devido à capacidade do local, a lotação será limitada a 213 espectadores, pelo que podem efectuar as vossas reservas usando o email reservas@fadeinfestival.com ou os números 962312547, 962051422 e 244836688.

Aguarda-se uma noite inesquecível para os lados de Leiria...

terça-feira, 24 de abril de 2007

[NOTÍCIA] Reedição de "Peste" dos Ghosts Of Breslau

Depois de há muito esgotada a primeira edição em CDr de Peste (originalmente com uma edição de apenas 150 cópias), este seminal trabalho dos Ghosts Of Breslau vai ser reeditada pela Twilight Records.

Descrito pelo autor como uma viagem ao início da 2ª Guerra Mundial, Peste pode ser considerada a banda sonora ideal para quando o mundo se encontrava a ferro e fogo - as matrizes industrializadas e marciais da sua sonoridade decerto encontrarão muitas semelhanças com o período temporal em causa.

A sonoridade Dark Ambient de cariz marcial praticada por Kormak tem apenas esporadicamente sido publicada, mas é o suficiente para gerar um interesse relevante em redor do projecto. Uma visita ao MySpace da banda é o primeiro passo para a conhecerem melhor, com 4 faixas disponíveis na linha de Les Joyaux De la Princesse, Der Blutharsch ou Toroidh.

Desta feita é a independente Argentina Twilight Records (uma das melhores etiquetas do género no mercado sul-americano) que contribui para uma maior exposição dos Ghosts Of Breslau, em mais um lançamento que enriquece o seu já interessante catálogo. Para breve está também marcada a reedição de La Malediction D'Ondine dos Ataraxia e a edição do novo registo dos Cernnunos Woods, mas cada coisa em seu tempo.

Para já, fica o alinhamento desta reedição de Peste, para os interessados:
  • Before The Autumn Storm
  • Let Loose Werewolves!
  • Der Sieg
  • Peste I
  • Der Gott War Nicht Mit Uns
  • Feuertaufe
  • Peste II
  • Monsters
  • Peste III
  • Sleep When We're Dead
  • Peste IV
  • Those Were The Days
  • Blood Banner
  • [untitled]
  • We Didn't Knew
  • Was Haben Wir Gemacht?
  • Peste V

segunda-feira, 23 de abril de 2007

[OPINIÃO] Novo banner

Pouco mais de duas semanas desde o início desta aventura, começam-se a fazer os primeiros ajustes no projecto. Evolução.

Uma vez que a componente gráfica do blogue é a que mais sofre da minha falta de competências, nada como recorrer a um especialista para resolver o problema. Neste caso, temos um novo banner para o blogue, cortesia de um amigo de longa data: Webb. Sigam o link para verem do que mais é capaz a sua mente criativa.

E não ficarão por aqui as colaborações. Mais algumas estão já em desenvolvimento, para vos trazer nos próximos dias novidades. Se calhar mais cedo do que o esperado, até... :)

Lurker.

domingo, 22 de abril de 2007

[NOTÍCIA] Novo trabalho de Sopor Aeternus

Depois de uma espera de quase 2 anos, os Sopor Aeternus estão de volta com o novo trabalho Les Fleurs du Mal. Como habitual, estão de volta os mundos sonoros muito particulares de Anna-Varney, complementados com mais duas edições dignas de figurar nos lugares de destaque de qualquer coleccionador que se preze.

A versão CD de Les Fleurs du Mal (na imagem) está disponível numa edição luxuosa em caixa, limitada a 2000 cópias, incluindo um digipack de 6 partes num formato especial 7'', um livrete de 40 páginas incluindo as letras, ilustrações e fotos exclusivas, um livro Manga de 112 páginas referente aos Sopor Aeternus (feito especialmente para esta edição) e ainda um cartão de amor endossado e assinado por Anna-Varney. Delicioso.

Encontra-se também disponível a versão LP, limitada a 900 cópias assinadas e numeradas por Anna-Varney. Contém um vinil duplo de 12'' com gatefold, um luxuoso livrete de 40 páginas incluindo as letras, ilustrações e fotos exclusivas, e também 2 posters (60 x 90 cm) com lindíssimas imagens.

Contem ler nos próximos tempos uma análise mais detalhada a Les Fleurs du Mal aqui nas páginas do Lurker's Realm.

sábado, 21 de abril de 2007

[EVENTO] Negura Bunget + God - Culto Bar, Cacilhas - 16/04

EVENTO: Negura Bunget + God
LOCAL: Culto Bar, Cacilhas
DATA: 16 de Abril de 2007, 23:00

O panorama nacional encontra-se agora recheado de concertos, e apesar de ser inegável a qualidade de muitas das bandas que visitam o nosso território, muitos promotores continuam a apostar em "mais do mesmo". Felizmente que esta não foi uma dessas noites.

Movidos por uma amizade com laços na Roménia, os God moveram "mundos e fundos" para tornar viável a visita dos Negura Bunget a Portugal - não sem uma considerável dose de esforço e dedicação destes últimos. É retemperador perceber que há bandas que continuam a mover-se pelo gosto, e quando essas mesmas bandas conseguem criar uma obra-prima como é OM, bem... pouco mais se poderá dizer para enaltecer a qualidade e a atitude dos Negura Bunget.

O concerto começou com algum atraso (motivado pela longa viagem que os Negura Bunget tiveram que fazer até à Margem Sul) e com uma sala a meio-gás. É certo que era segunda-feira à noite, dia da semana, mas o evento merecia mais do que meia centena de espectadores. E enquanto uma oportunidade como esta não se repetirá certamente num futuro próximo, uma boa noite de sono é sempre possível de obter no dia seguinte...

Mas como só faz falta quem lá está, os God iniciaram as hostilidades com o seu Barbarian Metal recheado de vigor e pujança, convenientemente regado a hidromel. A banda de Castor subiu ao palco preparada para entrar em combate (cotas de malha e martelo-microfone incluídos), e destilou ao longo de pouco menos de 1 hora uma boa parte do seu mais recente trabalho, o EP Hell & Heaven, assim como algumas outras faixas. Nota-se de actuação para actuação o crescente entrosamento dos diferentes elementos, com bons temas a perfilarem-se em catadupa, sempre culminados com uma prestação poderosa de Castor - uma possível encarnação de um guerreiro bárbaro das estepes transilvanas.

Mas os grandes momentos da noite estavam guardados para os Negura Bunget. E, diga-se, não desiludiram. Isto apesar do som do Culto não fazer justiça à complexida sonora dos romenos - a textura criada pelos diversos instrumentos é tão complexa, que seria difícil replicá-la em palco. De qualquer forma, os 6 elementos que subiram ao palco foram tentando passar a magnificiência das suas composições para uma plateia atenta e - ocasionalmente - entusiasta.

Karban liderou o colectivo com as suas sete cordas e vocalizações negras através de paisagens sonoras que tanto nos deixavam perdidos numa planície de suavidade tribal como nos levavam montanha acima num rodopio de velocidade e agressividade. É esta emotividade na sua música que os faz pertencer, em pleno direito, a "outro campeonato". Como diz o meu amigo JP - e muito bem - são os "Opeth do Black Metal". :)

Destaque também para a variedade de instrumentos Folk utilizados ora por Karban ora por Negru, com a performance deste último a revelar-se também um dos pontos altos da noite.

Desde monstruosos instrumentos de sopro, flautas de pan, xilofones ou diferentes percussões, até à simplicidade de martelos numa placa de madeira, parece que os Negura Bunget podem recorrer a virtualmente qualquer instrumento para enriquecer o seu som. E, com isso, criam momentos verdadeiramente únicos na sua prestação ao vivo.

Foram percorrendo ao longo de cerca de 1 hora e meia os seus diferentes trabalhos de estúdio, desde álbuns a EP's, com um alinhamento que certamente agradou a todos os presentes. Claro que muitas mais músicas poderiam ter sido tocadas (pessoalmente, esperava um pouco mais de incidência no referido OM), mas ninguém terá saído do Culto defraudado nas suas expectativas.

Infelizmente o adiantado da hora não nos permitiu permanecer na sala até ao final da actuação dos Negura Bunget, tendo sido os sons da última música da noite a desvanecerem-se na distância a nossa companhia ao encontro do último barco a cruzar o Tejo. Conta quem lá ficou que os romenos finalizaram a noite em beleza, partilhando algumas conversas - e bebidas - com os presentes, o que de facto parece o mais lógico de fazer depois de uma noite mágica.

Depois do dia 16, apetece parafrasear uma das claques do nosso futebol: "Só eu sei, porque não fico em casa"!

sexta-feira, 20 de abril de 2007

[NOTÍCIA] Heavenwood - O regresso...


Depois de um (demasiado?) longo hiato, os Heavenwood estão oficialmente de volta em 2007!

Após um magistral registo de estreia (Diva, em 1996) e um 2º álbum bem conseguido (Swallow, em 1998), foram precisos quase 10 anos (e alguns precalços) para os Heavenwood recomeçarem a sua criação musical.

Concluído o seu compromisso contractual com a Massacre Records (em 2006), no Myspace da banda podem encontrar uma amostra das 9 músicas que estão já preparadas para um novo registo a ser lançado, previsivelmente, ainda este ano. Para já o trabalho de composição continua, assim como a procura de uma nova editora para esta 2ª encarnação de uma das mais carismáticas bandas do Doom nacional.

O actual alinhamento dos Heavenwood, para além de Ernesto Guerra (voz), Ricardo Dias (guitarra e voz) e Bruno Silva (guitarra) remanescentes da anterior formação (se bem que este último aumentou duas cordas ao seu instrumento original), conta ainda com os préstimos de Luiz Ferreira (ex-Secrecy) na bateria.

Resta agora aguardar pelo fruto do seu trabalho para perceber o que nos podem trazer os Heavenwood em 2007. Entretanto, os interessados podem contactar a banda através do seguinte email: heavenwood.band@gmail.com.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

[NOTÍCIA] Lacrimosa "Lichtjahre"

Os Lacrimosa vão lançar a 29 de Junho um novo trabalho. Lichtjahre ("anos-luz" numa tradução directa) vai ser editado no formato DVD e também DuploCD - o primeiro registo áudio ao vivo em 9 anos!

Irá focar-se nos melhores momentos da última tour dos Lacrimosa, fazendo parte do alinhamento grandes sucessos como "Letzte Ausfahrt: Leben", "Lichtgestalt", "Der Morgen Danach" ou "Stolzes Herz", cobrindo grande parte do rico historial desta banda seminal do Rock Gótico.

Como é também prática habitual, o DVD para além da parafernália de câmaras e ângulos nas actuações ao vivo, expõe-nos ainda aos bastidores do mundo dos Lacrimosa. Podemos percorrer um percurso que se inicia na sala de ensaios, passa pela preparação da tour, viagens a locais exóticos (como Hong Kong) e cenários marcantes (como a Praça Vermelha em Moscovo), por entrevistas a membros da audiência e finaliza nos momentos que antecedem a entrada em palco da banda. Podemos ainda disfrutar de uma visão das festas depois dos espectáculos, na privacidade dos seus quartos de hotel.

Como teaser do que podem ver, fica uma imagem dos Lacrimosa na China:

domingo, 15 de abril de 2007

[EVENTO] Katatonia + Process Of Guilt - Sá da Bandeira, Porto - 11/04

EVENTO: Katatonia + Process Of Guilt
LOCAL:
Teatro Sá da Bandeira, Porto
DATA: 11 de Abril de 2007, 21:30


O Teatro Sá da Bandeira tem ar de decadência e uma mística nos seus berloques que são tão rebuscados... que ficam bem. Muitos concertos já por lá passaram e parece que agora cada vez mais. Apenas o tempo o dirá se será o substituto do Hard Club que todos os amantes de música pesada do Porto e arredores esperam, mas para já cumpre o seu papel na perfeição.

Pouco depois das 21:30, os Process of Guilt com o seu som arrastado iniciaram mais uma actuação inspirada para uma plateia que foi aumentando ao longo do concerto. Riffs longos e uma voz potentíssima de Hugo Santos num tom prolongado criam uma atmosfera de excelência e "abrem o apetite" para Katatonia. Em apenas 4 temas os Process of Guilt provam que são um dos baluartes do Doom nacional.

Mas esta era a noite dos Katatonia. Estes entraram em palco com um som um tanto estranho, que prejudicou bastante as primeiras três músicas, mas que foi melhorando ao longo da actuação. Jonas sempre com o cabelo à frente e não dialogando muito com o público foi cumprindo, sem a exuberância de Anders e companhia - um concerto típico portanto. :)

Com uma carreira tão longa e profícua, há muito material de onde escolher um set-list para um concertos, e muitas grandes malhas para presentear o público. A partir de Teargas, não só os problemas técnicos desapareceram como a noite estava ganha - Deliberation, Ghost Of The Sun, Tonight's Music ou My Twin foram parte do alinhamento que terminou com uma dupla de luxo: Evidence e Murder (esta última já no encore).

Para os mais curiosos, aqui fica o alinhamento completo:
01. Leaders
02. Wealth
03. Soil's Song
04. Deadhouse
05. Teargas
06. Cold Ways
07. Deliberation
08. Ghost Of The Sun
09. Criminals
10. July
11. The Future Of Speech
12. Tonight's Music
13. For My Demons
14. Sleeper
15. My Twin
16. Evidence
17. Murder


Um excelente balanço desta noite no Porto. Boa música e boa companhia - muitas caras conhecidas e vontade de regressar para continuar a assistir a grandes concertos. Como este.

sábado, 14 de abril de 2007

[NOTÍCIA] Paradise Lost de regresso aos escaparates


Cerca de 2 anos depois do lançamento do álbum homónimo, os britânicos Paradise Lost regressam com o seu 11º registo de originais, numa longa e profícua carreira.

Descrito como um dos álbuns mais sombrios e pesados da sua carreira, In Requiem será oficialmente lançado pela Century Media entre os próximos dias 18 e 23 de Maio por todo o território Europeu (em Portugal a data será 21 de Maio) e a 5 de Junho nos EUA.

Para a criação do artwork recorreram novamente ao grego Seth, sendo que haverá 3 edições distintas do álbum: a edição normal, uma edição limitada com 2 faixas bónus e também uma caixa com o disco e 4 singles em vinil. Uma boa notícia para os coleccionadores, portanto. :)

Entretanto, no dia 12 de Abril a banda deu um concerto especial na sala Koko em Londres, que foi gravado para um futuro DVD preliminarmente entitulado "From Gothic to Paradise Lost". Com a abertura a cargo dos Serpico, os Paradise Lost aproveitaram também para apresentar duas músicas novas em primeira mão. Certamente uma noite memorável para todos os presentes.

Ontem foi também a data de lançamento do single de apresentação The Enemy, composto pelas seguintes faixas:

01 - The Enemy (3:39)
02 - Beneath Black Skies (4:12)

03 - Godless (2:16) [esta é uma faixa exclusiva deste lançamento]

Contém ainda um trailer de um documentário sobre a banda entitulado "Over The Madness" a ser lançado brevemente.

Finalmente, para a faixa "The Enemy" foi também gravado um vídeo promocional. Foi rodado em Yalta (península da Crimeia) pelo realizador Edward 209, responsável por ímpares trabalhos com, entre outros, Front 242 e In Strict Confidence. Ficam algumas imagens da rodagem para ir aguçando o apetite:


Lurker.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

[NOTÍCIA] Novos lançamentos da Equilibrium Music

Durante o mês de Abril a nacional Equilibrium Music apresenta os novos longa-duração de Dwelling e The Moon And The Nightspirit.

No caso dos húngaros, Regõ Rejtem foi lançado no dia 2 num digipack formato A5 e contém cerca de 42 minutos de música ao longo de 9 faixas. O alinhamento é o seguinte:

01. Regõ Rejtem (5:44)
02. Örökké (3:12)
03. Avarálom (4:41)
04. Szarvaslélek (5:08)
05. Föld Szíve Dobban (3:58)
06. Csillagnász (4:54)
07. Rögbõl Élet (4:12)
08. Éjköszöntõ (5:39)
09. Holdtánc (4:27)

Foi gravado, misturado e masterizado por Agnes e Mihaly nos estúdios Elysion, e começou já a ser apresentado ao vivo - os The Moon And The Nightspirit estiveram recentemente no festival Trolls & Légends na Bélgica, onde Agnes aproveitou para expor algumas das suas pinturas, que compõem também a imagem gráfica deste mais recente trabalho.

Já o novo disco dos portugueses Dwelling sai no próximo dia 26 e entitula-se Ainda É Noite. Com pouco menos de 40 minutos de duração, o alinhamento é o seguinte:

01. Vigília (1:26)
02. Acordar (4:05)
03. Ainda é Noite (3:24)
04. Sou Eu! (4:51)
05. Forget Me Not (4:15)
06. Some Love, Please? (3:17)
07. Da Minha Ausência (4:38)
08. Enthralled (3:04)
09. Fujo de Mi (4:26)
10. What If...? (3:47)
11. Opus DCXVI (2:25)

Ainda É Noite foi gravado nos estúdios da Equilibrium Music por Nuno Roberto e Jaime Ferreira, com a produção do primeiro e masterização de Francisco Martins nos estúdios Cyclop.

Nos próximos dias teremos concerteza mais informação sobre ambos os lançamentos, por isso mantenham-se atentos.

Lurker.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

[NOTÍCIA] 4ª Compilação neo-folk.it

Já está disponível a 4ª edição de uma das melhores compilações online focadas no Folk e suas vertentes, com ramificações desde o Goth ao Electro, Darkwave ou Ambient. Basta ir ao site neo-folk.it e descarregar gratuitamente os dois tomos da compilação.

Ficam as capas e alinhamento para fazer "crescer água na boca":

  • NF004 - V.A. - DONEC AD METAM (Part I) (2007)
    1. Der Blaue Reiter - Underworld Dreams (6:18)
    2. Golgatha - Victory II (3:01)
    3. Leidenschaft - Ottobre 1922 (2:02)
    4. Quis Contra Nos - Teufelslied (4:23)
    5. Nad Evropa - Vino! Zhito! (Sad Europe) (5:00)
    6. Corazzata Valdemone - Berlin Caput Mundi (3:19)
    7. Nascent - Frage (2:40)
    8. App 1901 - Ich Hab Mich Aus Der Luft Geholt (4:32)
    9. Background Projection - Gloomy Times (4:29)
    10. Malato - J. H. (4:16)
    11. Les Jumeaux Discordants - Almus Spiritus (3:25)
    12. Institution D.O.L. - Benvenuto A Questo Addio (4:59)
  • NF004 - V.A. - DONEC AD METAM (Part II) (2007)
    1. The Joy of Nature - The Mad Woman Who Lives at The End of The Woods (2:51)
    2. Triarca - Vanguarda III Atávica (2:00)
    3. IMWI - Crying Primrose (4:20)
    4. Lucus - Praesensio Autumni MMVII (3:43)
    5. The Green Man - Corn Riggs (3:35)
    6. Kannonau - Death To The Weak (Rough Mix) (5:15)
    7. Graumahd - Cheru (5:55)
    8. Mondglanz - Entgötterung (0:59)
    9. The Well of Sadness - Heirs of The Promise (3:19)
    10. Sangre Cavallum - Tal Chefe, Tal Soldado! (3:58)
    11. Egida Aurea - Il Giorno Delle Chimiche Brume (4:37)
    12. K. - Untitled (3:36)
    13. Demonika And The Darklings - Prisoner (4:30)
    14. Life's Decay - Errklass (5:42)
    15. Recondita Stirpe - Pestilentia (3:04)
    16. Albireon - Un Cavallo Senza Nome (Original Song By Sonne Hagal) (4:04)
Altamente recomendado!

Lurker.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

[OPINIÃO] Set-list

Esta semana o set-list a passar no carro, para ajudar às viagens...

Empyrium - A retrospective... (CD2 - A Wintersunset...)
Death in June - The World That Summer - "20th Anniversary Edition"
Dead Can Dance - Serpent´s Egg

E não esquecer: Katatonia e Process of Guilt (warm-up para o concerto de logo à noite!)

Um bom som faz o dia parecer bem melhor!

Black Lotus

terça-feira, 10 de abril de 2007

[EVENTO] Katatonia + Process Of Guilt

.
É já amanhã que os Katatonia dão o primeiro concerto das duas datas previstas para o nosso país, no Teatro Sá da Bandeira, Porto. No dia seguinte, estarão no Paradise Garage, em Lisboa. Em ambas as datas terão a presença dos portugueses Process Of Guilt, ainda a promover o seu recente trabalho "Renounce".

Marcaremos presença na data do Porto, onde a partir das 22h terá início o que promete ser um dos concertos do ano. Para aqueles que não puderem estar presentes: contem com uma análise à prestação de ambas as bandas nos dias seguintes ao concerto.

Este será também o regresso do mítico Teatro Sá da Bandeira aos eventos de peso - depois do encerramento do Hard Club, restam aqui as esperanças da Cidade Invicta para os eventos musicais que se avizinham ao longo do ano.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

[ANÁLISE] Sangre Cavallum - Pátria Granítica

SANGRE CAVALLUM
Pátria Granítica
Ahnstern / Steiklang Industries / Equilibrium Music
Classificação: 9/10
Web: www.sangrecavallum.com
Email: oficiobarbaro@hotmail.com


Os Sangre Cavallum tiveram a sua génese em 1998 com a publicação da cassete Alborada do Douro – Cantares da Terra Castreja. Em 2004 lançaram pela Storm (editora de Michael Moynihan dos Blood Axis) o álbum Barbara Carmina, trabalho que os distingiu como uma das melhores bandas nacionais no espectro NeoFolk.

Surge-nos agora Pátria Granítica, através da Ahnstern (de Gerhard Petak dos Allerseen), subsidiária da conceituada Steiklang Industries. E o que podemos esperar deste novo trabalho dos Sangre Cavallum? Cremos não cair em exagero ao afirmar que é provavelmente o melhor trabalho nesta sonoridade alguma vez publicado por uma banda portuguesa, capaz de ombrear com os melhores a nível mundial!

São 10 músicas profundamente enraizadas no folclore tradicional do Norte Português e Galiza (zona denominada Gallaecia), trazendo-nos por mais de uma vez à memória imagens de tempos idos, em que se dançava ao luar nos castros transmontanos, se prestava homenagem à Natureza e se vivia de facto o paganismo popular.

Recorrendo a uma miríade de instrumentos tradicionais e outros nem tanto (a lista ultrapassa as largas dezenas), a captação de sons de pedras (que resultam na perfeição neste contexto), de citações de poemas populares e de gentes das nossas terras, somos de facto transportados para um mundo à parte, em que a cultura popular é preservada e a identidade nacional (e não nacionalista) é exacerbada.

B. Ardo e seus pares conseguem de forma sublime trazer à vida tempos imemoriais do nosso passado, através de composições dinâmicas, enigmáticas e quase-ritualísticas, uma inteligente escolha de sonoridades orgânicas e, acima de tudo, uma vontade inabalável de ver preservado o legado dos nossos antepassados. Altamente recomendado!

Lurker

domingo, 8 de abril de 2007

[ENTREVISTA] Sangre Cavallum

EM DEFESA DA NOSSA PÁTRIA ANCESTRAL

Herança. Cultura. Tradição. Todas palavras com um significado muito particular para os Sangre Cavallum. Para perceber melhor o que significam e para discutir os seus dois mais recentes trabalhos, falamos com B. Ardo, o motor criativo de uma das melhores bandas folk nacionais.


Quando se deu a génese de Sangre Cavallum?
Foi num Inverno há dez anos atrás. O interesse pela música como elemento mágico e criador vinha dos anos 80 onde todos tivemos experiências diversas. O passo para Sangre Cavallum deu-se pela necessidade de cantar a Callaecia, cantar a nossa terra e as suas tradições. Para o efeito começamos a usar instrumentos tradicionais em bárbaro convívio com os modernos equipamentos de hoje. Juntámo-nos pela luta espiritual que nos une e pela vontade de percorrer o nosso próprio caminho. Assim quisemos criar a nossa música sem vassalagem às imposições culturais, leia-se genocídio cultural, das sociedades modernas.

A nível musical, os membros da banda têm formação académica na área ou aprenderam sempre com base na prática?
Apenas um elemento, a Corinna Ardo, tem formação clássica de piano, instrumento que por ora raramente usámos. Tal como eu, os restantes elementos (Jorge Ricardo, R. Coutinho, A. Rangel e Emanuel Melo da Cunha) são autodidactas ou com alguma formação tradicional. Somos oriundos de áreas como o rock alternativo de 80, o punk, a música experimental ou o folclore minhoto.

Quais são as principais referências e influências na sonoridade de Sangre Cavallum?
Concerteza que fomos influenciados por bandas como Death in June, Sol Invictus ou Joy of Life, ou ainda Joy Division, And Also the Trees, Test Department ou Bauhaus. Do lado do folk os eternos Malicorne, Banda do Casaco, Milladoiro, Steeleye Span ou Alan Stivel. Contudo, parece-nos que a maior influência, aquando na formação da banda, veio dos grupos de gaiteiros mirandeses, dos pastores, dos cantares de trabalho e dos arrepiantes grupos de Zé-pereiras que muito estimámos desde do Vale do Sousa ao Alto-Minho.

E qual o papel do folclore tradicional nos vosso trabalhos?
Há elementos tradicionais do Norte de Portugal e da Galiza que se podem detectar na nossa música. Outros são mais sublimes ou até se encontram ocultos no interior dos temas. Não há uma preocupação excessiva quanto à autenticidade. A tradição é uma sementeira viva e criadora, cada intérprete vai acrescentando a sua marca e os elementos da sua realidade e da sua memória. Não fazemos música de época, podemos perfeitamente combinar um instrumento com 150 anos e um qualquer software e daí resultar uma canção. A tradição não é uma relíquia dentro de um armário, é antes um fogo vivo.

É notável a quantidade de instrumentos utilizados na criação da vossa música. Quão importante é o seu papel no contexto de Sangre Cavallum, musicalmente e socialmente?
Cada instrumento conta uma história. De cada um brota uma musicalidade, uma linha melódica que muitas vezes não se inventa noutro instrumento. Há uma riqueza tímbrica que não se repete e que advém das madeiras, do construtor e da vida a que o instrumento esteve sujeito. Normalmente preferimos os instrumentos em segunda-mão ou então feitos à nossa medida nos nossos amigos construtores – que nas mãos gretadas guardam magias antigas, música e tradição.

Desde a edição da vossa primeira gravação até ao primeiro álbum decorreram cerca de 6 anos, tendo “Pátria Granítica” e “Barco do Vinho” saído 2 anos depois. Foram-se tornando mais produtivos ao longo dos anos?
Os lançamentos não são prioritários, temos outros interesses ligados à música que não passam pelo registo sonoro e pela sua divulgação. Sempre houve um bom ritmo de trabalho e o nosso arquivo é hoje muito extenso, é o nosso maior património. Nessa altura gravámos mais dois álbuns não editados e outros temas para lançamentos futuros. A explicação é simples, não trabalhámos sob qualquer pressão editorial. Há apenas a vontade autónoma de editar, ou não, em determinadas datas e circunstâncias.

Com dois trabalhos lançados no mesmo ano, quais são as principais diferenças entre eles?
A maior diferença reside na temática. As diferenças musicais em nada nos inquietam, fazemos sempre o que gostámos. O facto de haver um cruzamento entre os dois projectos não altera o processo criativo. Conhecemo-nos bem e sabemos como cada projecto trabalha. Em termos de gravação há algumas diferenças. Houve partes que foram gravadas presencialmente enquanto outras se dependeram da troca postal.

Todo o conceito lírico de “Pátria Granítica” gira em redor do legado histórico dos nossos antepassados. Quais serão as características principais desses tempos que não consideram existir actualmente?
Honra, fidelidade, intolerância e protecção familiar são elementos de uma visão que gira em redor do combate perpétuo, ao serviço da raça e da terra, e nunca em redor da paz podre e artificial do materialismo cristão. Estes e outros elementos elevam o sentir comunitário. Outra das verdades esquecidas é o encarar a morte com a dignidade de um triunfo, de uma vitória. Todos estes valores devem ser transmitidos aos nossos filhos em forma de glosa heróica ou canções evocativas, assim se faz da música e do lirismo, verdadeiros fachos do espírito. O actual e fastidioso chorrilho humanista é apenas ruído para os nossos ouvidos.

E porquê a temática do Vinho como catalisador da inspiração do split com Allerseelen? Era uma ideia já a pairar há muito tempo?
Sim, a ideia foi fermentando durante algum tempo e na altura certa começamos a trabalhar. O vinho encerra muito de mágico e de comunitário. Fazer o vinho é um trabalho que une a fertilidade da terra e a arte e força dos homens.

Qual foi a principal motivação para a publicação deste split?
A vontade de trabalhar em conjunto e a admiração pelo vinho levou-nos a pensar neste trabalho. Há muitos gostos e aspirações comuns daí que seja sempre provável que nasçam ideias conjuntas. A colaboração entre projectos não é prova de qualquer aliança ou pacto, é a prova de que ombro a ombro se caminha firmemente.

Sendo os Allerseelen uma banda Austríaca, foi difícil para eles enquadrarem-se numa temática tão nossa como a cultura vinhateira do Norte de Portugal, especificamente a relacionada ao Rio Douro?
A cultura do vinho é algo transversal aos Europeus, sobretudo aos que cultivam o gosto pela terra. O Douro, pela sua sedução natural, facilmente se enquadrou nas buscas de Allerseelen. O próprio Gerhard teve oportunidade de visitar e de se deixar encantar pelo Douro e os seus vinhos.

“Barbara Carmina” foi lançado pela Storm/Tesco mas “Pátria Granítica” e “Barco do Vinho” pela Ahnstern/Steinklang Industries. Houve alguma razão especial para a mudança?
Não houve qualquer problema com a Storm e continuámos a ter projectos comuns para edições futuras. No entanto, para o volume de trabalho que se avizinha é mais adequado trabalhar com a Ahnstern. Trata-se apenas de gostarmos de trabalhar com amigos, o que acontece em ambas as editoras.

Estão satisfeitos com o trabalho de promoção feito até agora pela Ahnstern?
O trabalho com eles agrada-nos em todos os sentidos. A promoção é suficiente, a distribuição funciona bem e não há qualquer pressão ou solicitações indesejáveis. O que importa é estar longe das demandas dos mercados, das estéticas da artificialidade e, sobretudo, não engraxar botas que não as nossas.

Acaba por ser curiosa a vossa relação próxima com projectos referência neste espectro sonoro, como Blood Axis e Allerseen. Depois de terem editado pela Storm e actuarem em Portugal com a banda de Michael Moynihan, agora que editaram pela Ahnstern e lançaram um split com Allerseen, podemos aspirar a ver-vos tocar com a banda de Gerhard Hallstatt nos próximos tempos?
É natural que isso venha a acontecer. Existem os convites e serão ponderados.

Tocar ao vivo é uma coisa que os Sangre Cavallum têm feito raramente ao longo dos anos. É uma opção própria?
Por nossa vontade e natureza os concertos não são prioritários. Preferimos o silêncio do lar e o ar dos montes aos ambientes dos concertos.

Mas qual foi o vosso concerto mais especial?
Foi no teatro romano das ruínas de Segobriga, perto Cuenca (Espanha) no festival Arcana Europa. Tocámos sob um Sol abrasador e foi um concerto muito dedicado à nossa terra e à nossa música de raiz. Outro aspecto que muito nos agradou foi o facto de em frente ao palco existir uma grande e bela estátua sem cabeça, a lembrar Portugal sem a Galiza. Por tudo isso, foi especialmente iluminado. Contudo, os poucos concertos que tocámos foram sempre especiais.

Há alguma banda com a qual gostariam particularmente de actuar?
Agrada-nos muito a ideia de tocar com um vasto grupo de Zés-pereiras a assegurar a percussão. De resto, quaisquer dos grupos nossos amigos poderão integrar apresentações ao vivo.

É notória a vossa aversão ao Cristianismo e orientação Pagã. Consideram-se representantes/praticantes do Paganismo tradicional, ou preferem manter-se alheios a questões religiosas ou filosóficas?
Não há enquadramento possível, o melhor é mesmo não fazer parte do que quer que seja. Por certo que somos alheios a todo este enredo social, a todas psicoses que largamente afectam a sociedade actual. Por outro lado, não representámos qualquer sistema ligado ao neo-paganismo ou qualquer prática organizada. A nossa religiosidade, de culto pagão, a nós pertence. Naturalmente que crescemos lado a lado com a Cristandade mas cedo se substituiu a cruz ensanguentada por muitos símbolos solares, esses que por todo o Norte encontrámos gravados nas pedras e na nossa memória. Venha a nós o nosso reino…

Os Sangre Cavallum têm algum papel político ou social?
Não nos interessa a política, a economia e a grande conspiração que mantém apertados estes grilhões das modernas sociedades.

Mas a passagem da mensagem de união e preservação da Callaecia é compatível com eventuais aspirações políticas de fusão do Norte de Portugal e Galiza num estado independente?
Não temos qualquer interesse em novas fronteiras administrativas para a Callaecia, novos paus-mandados no poder com a inata falta de acutilância dos que hoje içam bandeiras. Não queremos mais do mesmo, ou seja, mais republicanos aldrabões, vendidos aos poderes do comércio e do Santo Lucro. Interessa-nos a unidade espiritual galaico-duriense, o Pangaleguismo, a religiosidade arcaica, o etnocentrismo e a reposição histórica, que Portugal não esqueça o seu Norte consanguíneo, a Galiza! De resto, as inconsequências políticas ficam para os abutres do costume.

Quais são os planos de Sangre Cavallum para o futuro?
Para além do muito trabalho interno, serão produzidos novos álbuns e eventualmente algumas aparições ao vivo. A tendência será o aprofundar deste cruzamento entre música de inspiração tradicional e as músicas mais underground como o Industrial, o rock psicadélico ou a música experimental. Serão efectuados alguns trabalhos com imagem vídeo entre os muitos tributos à Callaecia, às suas fontes etnográficas e aos tesouros da espiritualidade d’aquém e d’além Minho, a nossa terra transduriana.

Se vos fosse dada a possibilidade de concretizar um objectivo ou desejo específico, qualquer coisa, o que seria?
Desenterrar muitas coisas e enterrar muitas mais!

Lurker.

[ Websites: http://www.sangrecavallum.com/ | http://www.myspace.com/sangrecavallum ]

sábado, 7 de abril de 2007

[OPINIÃO] O início...


Liberdade.


Este é o principal sentimento aquando da criação deste blogue. Liberdade criativa para finalmente poder expressar as ideias que considero relevantes - concentrando-me apenas na arte que move as minhas emoções, e nada mais.

Depois de muitas outras experiências no mundo musical/artístico (quer em papel quer em digital), este é o renascimento da Lurker's Realm. Um projecto de há muitos anos, sob uma nova forma mas mantendo o espírito de outrora. O seu principal propósito será o de promover a arte e os artistas que me despertam um particular interesse, com algumas notícias pertinentes entremeadas com um ou outro artigo de opinião.

A vontade é grande, assim como a motivação. Veremos o que o tempo nos trás em termos de resultados práticos.

Espero continuar a ver-vos desse lado, se possível com comentários ao que vêm.

Lurker.